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sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Pedofilia de Edgar Allan Poe

Ao contrário de Tolkien, que detestava os franceses, Edgar Allan Poe tem muito o que agradecer a eles. Esse autor, como tantos outros gênios da literatura, música e pintura, só recebeu reconhecimento após sua morte, aos 40 anos, em 1849. A responsável por retirar seu nome do limbo foi a França e, atualmente, podemos encontrar vários produtos com o nome e até o rosto do escritor. No entanto, o nome de Poe não ficou sujo por acaso. Aliás, parece que uma certa "nuvem negra de azar" o acompanhou por toda a vida. Em primeiro lugar, ficou órfão de pais aos três aninhos. Foi adotado por um rico casal que, na verdade, nunca o aceitou como filho legítimo e chegou, posteriormente, até a bani-lo de suas propriedades. Quando criança, estudou em um internato religioso onde, caso algum dos padres viesse a falecer, ele e seus coleguinhas de turma eram os responsáveis por cavar a cova! Com todos esses traumas, cresceu e virou alcoólatra. Para conseguir bancar seu vício em bebida, criou um novo: o jogo. Sempre endividado, não recebia crédito de ninguém. Para piorar sua fama, casou-se com sua própria prima, 14 anos mais nova. Na data da celebração ela tinha somente treze anos, mas o mais espantoso é que eles namoraram durante TRÊS ANOS antes de se casarem! (Façam as contas). Levaram uma rotina peregrina, mudando de cidade várias vezes e, após a morte de sua amada, foi internado em uma clínica para doentes mentais. Ali, gritando "Senhor, tende piedade da minha pobre alma", Poe encontrou seu destino final. Todas essas dificuldades foram as responsáveis por ele ter se tornado o pai dos contos sombrios (combina bem com Ravenloft) e inspirado outros famosos escritores até os dias de hoje, como Stephen King. Também adquiriu milhares de fãs extremamente leais como, por exemplo, o homem trajando capa preta que visita o túmulo de Poe todos os anos, deixando três rosas e meia garrafa de conhaque. Macabro, não?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Arcanocast #002 - Presença Aterradora!



Alan, Eder e Guga se juntam à ala da Saúde dos Arcanos - nossos médicos Bernardo e Zumz, a psicóloga Bel e a psicóloga em formação Lu - e batem um papo sinistro sobre o Medo e suas representações no RPG, na Literatura e Cinema.

Hoje falamos sobre as amígdalas que não inflamam; aprenda a dificuldade em separar a ansiedade do medo; ria das fobias e loucuras dos participantes; escute sobre Ravelonft, Call of Cthulhu e Mulheres Machonas Armadas até os Dentes (?); aprenda a ser DM como o Mestre dos Magos; aprenda a enganar sua mente sobre o Necronomicon e mantenha-se sano; ouça sobre os estilos de H.P. Lovecraft e Edgar Allan Poe; descubra qual filme só os insanos entendem; saiba no que Batman tem a ver com tudo isso; quem ou o que poderá derrotar o Super Homem?

Fotos e links do programa de hoje:

*spoilers sobre o conto "Gato Preto" e o poema "O Corvo", ambos de Edgar Allan Poe, dos 26:40 até 28:06*
*spoilers de Batman: The Dark Knight Returns dos 33:12 até 36:15*

Erros críticos, perguntas & recados para: arcanosdovale@yahoo.com.br
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sábado, 3 de julho de 2010

Memorial de Strahd



“Eu sou o Antigo, eu sou a Nação. Minhas origens estão perdidas nas trevas do passado. Eu era o guerreiro. Eu era bom e justo. Eu ribombava pela terra como a fúria de um deus justo, mas os anos de guerra e os anos de matança corroeram a minha alma como o vento desgasta a pedra até sobrar apenas areia. Toda benevolência se esvaiu de minha vida; toda minha juventude e vigor foram embora e tudo que me restava era a morte.
Meus exércitos se estabeleceram no vale de Baróvia e estabeleceram o poder sobre esse povo em nome de um deus justo, mas sem nada que lembrasse a graça e a justiça de um deus. Eu convoquei minha família, há muito tempo longe de seu antigo trono, e os trouxe para residir no Castelo Ravenloft. Eles chegaram com meu irmão mais novo, Sergei. Ele era belo e juvenil. E eu o odiava por isso.
Sergei havia encontrado entre as famílias do vale um desses espíritos cujo brilho se destaca de todos os outros: uma rara beleza, a qual foi chamada de “perfeição”, “júbilo” e “preciosidade”. Seu nome era Tatyana e eu desejava que ela fosse minha. Eu a amava do fundo de meu coração. Eu a amava por sua juventude. Eu a amava por sua alegria.
Mas ela me rejeitava! “Old One” era o meu nome para ela – assim como “Elder” e “irmão”. Seu coração era de Sergei. Eles estavam apaixonados. A data do casamento já estava marcada.
Com palavras ela me chamava de “irmão”, mas quando eu olhava em seus olhos, eles refletiam outro nome: “morte”. A morte que vinha com o envelhecimento era o que ela via em mim. Ela amava sua juventude e a desfrutava, mas eu havia desperdiçado a minha. A morte que ela via afastou-a de mim, então eu comecei a odiar a morte, a minha morte. Meu ódio era muito forte; eu não seria chamado de “morte” tão cedo.
E assim fiz um pacto com a própria Morte, um pacto de sangue. No dia do casamento, matei meu irmão, Sergei. O pacto foi selado com seu sangue.
Encontrei Tatyana soluçando nos jardins a leste da Capela. Ela fugiu de mim! Não me deixou explicar, enquanto uma fúria enorme crescia dentro de mim. Ela tinha que entender o pacto que eu havia feito por ela. Ela correu, eu a persegui. Por fim, em desespero, ela se atirou dos muros de Ravenloft e eu assisti tudo que havia desejado em minha vida escapar de minhas mãos para sempre.
Era uma queda de mais de trezentos metros, mergulhando nas brumas. Nenhum vestígio dela jamais foi encontrado. Nem mesmo eu sei qual foi seu destino.
Flechas vindas dos guardas do castelo atravessaram minha alma, mas eu não morri. Nem vivo estava. Eu havia me tornado um morto-vivo, para sempre.
Tenho estudado muito desde então. “Vampyr” é meu novo nome. Ainda desejo juventude e vida, e amaldiçôo aqueles que vivem e negam meus desejos. Até mesmo o sol é contra mim. E é ao sol e a luz que mais temo. Além disso, pouco mais pode me ferir agora. Nem mesmo uma estaca em meu coração seria capaz de me matar, ela apenas impossibilitaria meus movimentos.
Tenho procurado por Tatyana muitas vezes. Quando sinto que ela está em minhas mãos, ela escapa. Ela me provoca! Ela me insulta! O que mais será necessário para eu conseguir subjugar seu amor a mim?”
- Conde Strahd von Zarovich, Senhor de Baróvia
O Memorial de Strahd